terça-feira, 7 de julho de 2015

O LEITO GUARDADO SEM MÁCULA


“Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará” (Hebreus 3:4)
Aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas se dizem “cristãs” no nosso planeta, o que representa aproximadamente um terço da população mundial. O islamismo aparece em segundo lugar com 1,5 bilhão de fiéis, enquanto o hinduísmo é o terceiro colocado com 1 bilhão de seguidores e o budismo possui 400 mil adeptos, estando em quarto lugar. Qualquer um que observasse estes dados em si mesmos poderia acreditar que a missão já está cumprida, que o Cristianismo verdadeiro reina sobre a terra e que o Pai deve estar orgulhoso de que aquele grupo que começou com doze – incluindo um traidor – conseguiu chegar a tal ponto.
Porém, sem querer ser pessimista, não creio haver tantas razões de regojizo. O próprio Cristo predisse que poucos entrariam pela porta estreita da salvação (Mt 7:14), pois até “ao justo é difícil ser salvo” (1Pe 4:18). O que os números não revelam é que o evangelho puro e sincero foi aos poucos abandonando o trilho da cruz. Primeiramente com falsas doutrinas que entraram no seio da Igreja, cumprindo a profecia de Pedro:
“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2:1)
Mas o que mais preocupa é a decadência moral que assola os cristãos nos dias de hoje. Apesar de a Bíblia ser o livro mais vendido no mundo, ela é possivelmente um dos menos lidos, e certamente o menos praticado. Embora os cristãos sejam maioria no papel, eles são minoria na realidade.
Dentre as pessoas que se dizem “cristãs”, o comportamento escandaloso em frente aos temas mais importantes da sociedade tem marcado a nossa era. De acordo com o teólogo evangélico Michael Horton, “mais e mais pesquisas estão apontando que os cristãos evangélicos estão a ponto de assumir estilos de vida tão hedonistas, materialistas, egoístas e imorais quanto os do mundo em geral”.
Ronald Sider aponta em seu livro “O Escândalo do Comportamento Evangélico” que, nos Estados Unidos, um país tradicionalmente cristão, a média de divórcios é maior entre os que se dizem cristãos do que entre os que não são!
O estudo de Josh McDowell destacou que a imoralidade sexual dos jovens evangélicos é apenas um pouco menos ultrajante que as dos jovens não-evangélicos. No mundo, apenas 6% dos evangélicos contribuem com pelo menos 10% de sua renda à Igreja ou a caridade. De acordo com as constatações de Ronald Sider,“em suas atividades diárias, muitos ‘cristãos’ traem com frequência. Com os lábios afirmam que Jesus é Senhor, mas com os atos demonstram lealdade ao dinheiro, ao sexo e a seus interesses pessoais”.
Cada vez mais os cristãos estão se tornando mais ligados ao mundo que supostamente buscam mudar. E isso não abrange apenas jovens ou leigos, mas até mesmo pastores e líderes. De acordo com os estudos de Patrick Means, em seu livro “As Guerras Secretas dos Homens”, 64% dos pastores confirmaram que têm problemas com vícios sexuais e 25% admitiram ter adulterado depois que se tornaram cristãos.
De acordo com outra pesquisa feita nos Estados Unidos, 20% de todos os pastores costumam ver pornografia. E isso daqueles que confessam tal ato, pois o número tende a subir grandemente se incluíssemos aqueles que escondem seus pecados para transparecer uma falsa santidade.
Em outro estudo, os homens de uma igreja foram chamados a responder se haviam assistido a um filme de televisão que contém cenas de sexo e nudez, olhado revistas pornográficas, se masturbado, se divorciado ou comprado bilhete de loteria. Os resultados são assombradores: com exceção do bilhete de loteria, as respostas dos homens da igreja não se diferenciaram em relação ao comportamento dos homens que não frequentam a igreja!
A Igreja não pode se colocar no mesmo patamar do mundo. É com grande tristeza e pesar no coração que eu passo estes dados, não para passar uma percepçãopessimista da Igreja, mas para passar uma percepção realista dos fatos. Os fatos não são nem um pouco agradáveis. No Brasil, o número de divórcios aumentou 48% em 2011. Em 2007 foram 4.066; em 2008, 4.451; em 2009, 4.466 e em 2010, 9.377. Desse jeito, casar passou a ser secundário. Nos comentários da Revista Alfa, trocar de esposa parece tão normal quanto trocar de roupa ou de carro:
“Quer casar? Case. Se não der certo, existe o divórcio. Alguém duvida disso? Se duvidar, não está antenado com as tendências matrimoniais que prevalecem hoje em dia”
Eu disse acima que trocar de esposa está tão comum quanto trocar de carro; mas, visto que trocar de carro está sendo menos comum, retiro o que disse. O que está havendo é uma desvalorização do casamento. Para o mundo, o casamento não tem qualquer valor muito significativo. Se não deu certo, é só se separar, arrumar um outro(a), e bola pra frente. Já para Jesus, o casamento é algo tão importante que não pode ser desfeito:
“Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Marcos 10:9)
E a coisa é tão séria para Jesus, que Ele diz a quem se divorciar que estará cometendo adultério!
“Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também” (Lucas 16:18)
O apóstolo Paulo segue esta mesma linha ortodoxa. Segundo ele, só pode se casar novamente em caso de morte do cônjuge. E, mesmo assim, Paulo aconselha a não se casar novamente:
A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus” (1 Coríntios 7:39,40)
Em outro caso qualquer que não seja a morte (1Co.7:39), o adultério da outra pessoa (Mt.5:32; Mt.19:9) ou o marido descrente que quer largar de você porque você se converteu (1Co.7:15), a ordenança bíblica é que é proibido o divórcio (classificado como pecado de adultério – Lc.16:18), e igualmente proibido casar-se novamente com outro(a). Para Cristo, se você se casar com alguém que se divorciou (sem ser pelos motivos listados acima) estará cometendo o mesmo ato de adultério que ela cometeu:
“O homem que se casar com uma mulher divorciada do seu marido estará cometendo adultério (Lucas 16:18)
Paulo é ainda mais específico e lista apenas duas coisas que alguém que se divorciou poderá fazer neste caso:
“Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher” (1 Coríntios 7:10-11)
Paulo é categórico aqui. O divórcio é proibido, mas, caso aconteça, ele lista apenas dois caminhos que a pessoa que se divorciou poderá tomar desde então. São elas: (a) permanecer sem se casar; ou: (b) reconciliar-se com o seu marido. Note que Paulo em momento nenhum alista também sequer a possibilidade de se casar novamente com outra pessoa, pois ele sabia que, como o próprio Senhor Jesus disse, isso seria um pecado gravíssimo de adultério (Lc.16:18).
Por isso, se você já cometeu o pecado de se divorciar, fique sem se casar novamente, ou se reconcilie com a pessoa a quem você se separou. Pois, para Cristo, o casamento é algo irrevogável. Você tem que cuidar muito que está realmente gostando, namorando ou noivando a pessoa certa, pois se depois perceber que ela não é exatamente aquilo que Deus tinha para você, não poderá desfazer depois os votos que vocês fizeram! Isso é muito sério. Casamento é uma coisa séria. Seríssima! Jesus, diferentemente do mundo, valoriza o casamento, valoriza a santidade, valoriza a pureza e a fidelidade.
É provável que muitas pessoas (cristãs, inclusive) ao lerem isso que foi escrito, tenham ficado chocadas com os fatos apresentados. Muitos, inclusive, são divorciados. Outros, se casaram novamente. Outros, ainda que não estejam nestes dois grupos, vão achar a mensagem bíblica dura demais para ser aceita, pois já estão com a mente corrompida deste século, que diz:
“Quer casar? Case. Se não der certo, existe o divórcio. Alguém duvida disso? Se duvidar, não está antenado com as tendências matrimoniais que prevalecem hoje em dia”
Mas, como bem disse Agostinho de Hipona: “Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em você mesmo”. É por isso que o evangelho é “escândalo” para os que não creem, pois a mensagem da cruz lhes parece “loucura”. Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co.1:18).
Se você passar o pequeno e rápido estudo feito acima sobre o casamento no padrão bíblico e puramente Escriturístico a algum descrente, ele irá se escandalizar, como o próprio Jesus disse:
“Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram? Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada” (Mateus 15:12-13)
Então, se você se casou, assuma este compromisso. Seja fiel ao seu cônjuge até a morte. Não deixe que o leito conjugal não seja guardado sem mácula. Se você não consegue sequer ser fiel à sua esposa, quanto menos a Cristo! Quando você peca em escondido contra o seu parceiro(a), não é somente contra ele(a) que você está pecando, mas contra Cristo.
Quando você se relaciona com uma amante, é contra Cristo que você está se prostituindo, é da graça que você está se apartando. Você está quebrando uma aliança que deveria permanecer intacta até o fim da vida. E não tenha dúvidas disso: “Deus julgará os adúlteros e os imorais” (Hb.13:4)!
Outro ponto que quero abordar encontra-se quando Paulo afirma aos Coríntios: “Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio” (1Co.7:5). O pecado que mais afeta a maioria das pessoas é na área da sexualidade. Adultério, fornicação, e todos os tipos de imoralidades rodeiam a mente das pessoas e muitas vezes as levam a um caminho de perdição. O instinto carnal natural do ser humano é forte. Basta lermos o que Paulo escreve acima aos Coríntios.
Muitas pessoas pecam nessa área por não compreenderem os limites do relacionamento ou por não conseguírem se controlar. Paulo passa a sua orientação pessoal ao casal cristão que (por mútuo consentimento) se abstenha da relação sexual natural com seu parceiro(a) para se dedicar à prática de oração, a fim de não cair na tentação de Satanás. Por que Paulo diz isso? Porque a oração é o método de resistência aos ataques malignos e aquilo que refreia os instintos da carne.
Caso o casal em questão não se envolva em oração, estará mais propício a cair em tentação, ainda que esteja (como pelo contexto vemos que está) em uma prática sexual (dentro do casamento) com o seu parceiro(a). Eu não estou dizendo que Satanás cria o desejo sexual. Deus é que criou o desejo sexual. Sentir desejo sexual não é algo pecaminoso ou satânico. Satanás não cria o desejo sexual; ele abusa dele. Satanás quer levar o casal cristão a cometer os mesmos atos repudiáveis e lascivos praticados pelo mundo.
Ao contrário do estilo de vida sexualmente promíscuo do mundo, o alto padrão de Deus para a sexualidade humana consiste na pureza e na fidelidade. A fim de prevenir-se contra a imoralidade sexual, o autor de Hebreus adverte: “Conservem o leito matrimonial sem mácula” (Hb.13:4). Isso significa mais do que uma aprovação do relacionamento conjugal, mas também vincula a responsabilidade do casal de preservar sua intimidade das práticas perversas e degradantes de uma sociedade lasciva.
Algumas dessas práticas são claramente repudiáveis à luz da Bíblia, como o ato de sodomia: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1Co.6:10).
De acordo com o Dicionário, “sodomia é uma palavra de origem bíblica usada para designar as perversões sexuais, com ênfase para o sexo anal”. Não apenas o sexo anal, mas também outros tipos de “perverções sexuais” são proibidos ao casal cristão. Paulo afirma em 1Coríntios 7:9 – “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”. Abrasar-se significa ficar remoendo desejos incontroláveis que podem – e quase sempre o faz – levar à prática da fornicação.
“Abrasar-se” (i.e, abrasar a si mesmo) tem, portanto, uma aplicação prática ao vício da masturbação, também proibida em Mateus 5:28 que diz: Qualquer que atentar numa mulher para desejá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela”. E é exatamente isso o que a prática de masturbação faz: criar pensamentos na mente por meio de desejos impuros, o que Jesus categoricamente proíbe (Mt.5:28). Você que ainda não se casou, precisa guardar a sua pureza, o seu corpo. Deus quer trabalhar a sua consciência, a sua visão a respeito de como honrar a Deus com todo o seu ser. 
Paulo escreve ao jovem Timóteo: “Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm.2:22). O mesmo Paulo afirma aos tessalonicensses: “Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:23).
As pessoas estão tendo relacionamentos sem compromissos. Estão sendo conduzidas por paixões carnais e momentâneas que, ao passarem, percebem que a última coisa que querem na vida é estarem ao lado da pessoa com quem se casaram. Mas aí já é tarde demais. O relacionamento conjugal deve ser fruto de muita oração, principalmente não visando a nossa própria vontade, mas aquilo que é da vontade de Deus.
Não devemos ter jugo desigual com os incrédulos (2Co.6:14). Muitos pensam que não há problema em se casar com algum descrente, pensando que podem levá-lo a Cristo depois. Porém, o que realmente ocorre em praticamente todos os casos é que, além da outra pessoa não se converter coisa nenhuma, o próprio crente acaba fracassando e vacilando na fé, pois está ao lado de uma pessoa que em nada incentiva a busca a Deus ou lhe serve de encorajamento ou edificação espiritual.
É mais uma pedra de tropeço do que uma fonte de crescimento e edificação em Cristo. É alimento para a carne, e não para o espírito. É desejoso aos olhos, mas não aos olhos de Cristo, mas apenas aos seus próprios. Geralmente, são escolhas feitas somente com base em uma forte paixão carnal, que, como sempre, tão rápido ela entra, tão rápido ela sai. O tempo vai passar e você verá que foi atraído tão-somente por uma embalagem, sem nenhum conteúdo por dentro.
Muitas vezes casais cristãos já iniciam um relacionamento sem sequer se preocuparem em saber de verdade a vida da outra pessoa a fundo. Não conhecem a família, não conhecem o passado dessa pessoa, não convivem com ela o suficiente para descobrirem a sujeira escondida debaixo do tapete, o conteúdo que vem por dentro da embalagem. Mas, como a pessoa é fisicamente atraente, isso é suficiente para elas!
O resultado disso não pode ser outro. Quando caem em si mesmas e percebem o profundo erro que cometeram ao serem atraídas por um sentimento de paixão passageiro e descobrem que a outra pessoa não consegue preencher o vazio existencial em você, adultera. Se divorcia. Casa-se novamente com uma outra qualquer (na maioria das vezes, pelos mesmos motivos do primeiro casamento!).
Para o cristão, a coisa piora ainda mais. Além disso tudo, Jesus adiciona ainda o: “adultera” (Lc.16.18). Se você, ao se converter, já havia passado por um casamento anterior dissolvido e já estava casado com outra pessoa, não escrevo para que você se divorcie novamente. Escrevo, sim, para que você se conscientize do seu erro e peça sincero pedido de perdão a Deus, incluindo pelo o que você fez no tempo da ignorância. Se divorciarnovamente novamente não irá melhorar alguma coisa, só irá acentuar os pecados!
Uma desculpa que geralmente serve como pretexto para se relacionar com alguma pessoa não cristã, ou que não vive e anda de acordo com a pureza do evangelho de Jesus Cristo, é que você vai “converter a outra pessoa”, e aí fica tudo certo, como se você tivesse naturalmente um ardor missionário intenso, que curiosamente só parece se acender por aquelas pessoas que você está apaixonado(a)!
Evidentemente, as intenções pelas quais você quer levar essa pessoa a Cristo é puramente um pretexto, uma desculpa bem fácil, para querer se relacionar com alguém que não compartilha a mesma fé, somente para poder ficar de consciência limpa em seu erro. As intenções do evangelismo nunca podem ser outra coisa senão o amor a Deus e à Sua Obra.
Mas, se você não vive falando de Jesus pra todo mundo e de repente se vê na condição de querer converter bem exatamente uma pessoa de outra fé que você gosta, então você não está fazendo isso por ardor missionário ou espírito evangelístico, mas somente como um pretexto para entrar em um relacionamento proibido pelas Escrituras.
Se for mesmo o caso desta pessoa ser pra você, então certamente Deus irá demonstrar isso fazendo com que esta pessoa venha a Cristo antes que você se jogue do precipício se relacionando com alguém que não vive o evangelho, que não compartilha a mesma fé e que não serve de jeito nenhum para a sua edificação espiritual na alma, mas somente para a satisfação mundana da carne. Deixe a outra pessoa vir pra Cristo e depois pense em ter alguma coisa com ela, somente depois de ver os frutos tornarem-se realidade na vida dela, que atestam se a conversão foi verdadeira ou falsa.
Outras tantas pessoas pensam também não haver problemas no sexo antes do casamento, o que o Antigo Testamento assemelha à prostituição. O nosso corpo deve ser guardado em todos os sentidos para a pessoa certa, no tempo certo. E, por mais que alguns fiquem escandalizados e achem essa mensagem muito “careta”, sim, ele só deve ser feito depois do casamento, entre marido e mulher. O fato das pessoas não se preservarem explica o porquê da ocorrência de tantos divórcios em nossa sociedade.
Se você não pode suportar nem isso, não poderá suportar os outros aspectos que também estão incluídos no “levar a sua cruz e seguir a Cristo” (Mt.16:24-26).
Escolha a pessoa certa, não visando exclusivamente o aspecto físico (pois a aparência passa e muda, assim como o próprio sentimento de “paixão”, que é passageiro), mas sim o conteúdo, a fim de que seja o amor, o vínculo perfeito, que os una durante o resto das suas vidas. Não tome decisões precipitadas sem pensar muito bem no que você está fazendo, pois, como Jesus disse, o casamento é algo que dura toda a vida.
Quebrá-lo significa o mesmo que adulterar (Lc.16:18), e nenhum adúltero entra no Reino de Deus:
Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral nem impuro nem ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus (Efésios 5:5)
É claro que muitos podem se arrepender dos seus atos, assim como se arrependem dos demais pecados, mas o fato ficará marcado para o resto da vida e possui consequencias espirituais na vida de quem adultera, pois tudo que o homem semeia, ele também colhe (Gl.6:8).
O principal ponto que eu quero abordar não é apenas o fato de que o cristão não deve praticar os mesmos atos de perversão e promiscuidade praticados pelo mundo, mas sim o que fazer quando estes desejos acabam atingindo o nosso ser. Nisso também é importante voltarmos à passagem-chave de Paulo aos Coríntios: “Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio” (1Co.7:5).
Ou seja, é por meio da oração que anulamos ou enfraquecemos as tentações de Satanás, seja de perversão com o próximo ou consigo mesmo. Os nossos corpos são “santuários do Espírito Santo” (1Co.6:19). Paulo afirma que esse é um meio viável para um casal cristão resistir à tentação de fazer algo ilícito e colocar mácula no leito, e o mesmo conceito se aplica também no segundo caso.
Quando o desejo vier, temos que fazer como Paulo disse: parar e orar. Ore a Deus, nem que seja durante apenas alguns minutos. Você perceberá que, ao longo da oração, aquele desejo forte inicial vai diminuindo, de modo que ao final dela você já terá forças suficientes para correr dali a fim de evitar que algo pior aconteça.
Lembre-se do exemplo de José no Egito, e de outras palavras dirigidas a pessoas solteiras e jovens. José esteve em uma situação delicada. A mulher de seu chefe aproveitou que José estava sozinho com ela e quis ter um relacionamento sexual com ele. Mas, não temendo por sua reputação e nem dando lugar a seus próprios impulsos sexuais, saiu correndo da situação e foi livre de cair naquela cilada. Você precisa ter uma atitude firme em momentos como esses.
Se você sabe que está a um passo de cair, fuja literalmente da situação. Mostre a Deus que você é forte, ainda que esteja em um momento de fraqueza; diga o fraco: Eu sou forte! (Joel 3:10). Sumariando, quando o desejo sexual ilícito te atormenta, passe um tempo em oração. Se você ainda não conseguir ter controle sobre seus impulsos carnais – e todos nós temos estes impulsos –, então corra – literalmente! É fugindo da tentação que o diabo foge de nós.
Por: Lucas Banzoli.

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